O envolvimento de toda a sociedade no enfrentamento às mudanças climáticas é fundamental para criarmos um ambiente mais limpo no planeta. Políticas construídas pelo setor público são instrumentos essenciais. E é assim que a Prefeitura do Recife tem pensado e estruturado suas ações. Por isso, criou o Plano Local de Ação Climática, com a finalidade de trilhar caminhos para reduzir impactos de emissão de carbono na cidade. 

Dentro do plano, há ações voltadas para o setor de energia, a fim de criar uma matriz energética mais limpa. A partir dessa intenção, os projetos foram sendo criados e implantados. O pioneiro foi o da instalação de uma usina solar no Hospital da Mulher do Recife, no bairro do Curado, Zona Oeste da cidade. “É uma usina muito significativa, que proporciona uma economia de R$ 240 mil por ano. São 728 módulos instalados em uma área de 1.580 metros quadrados”, disse o secretário de Meio Ambiente do Recife, Carlos Ribeiro. A usina solar no hospital é fruto de uma parceria da prefeitura com a Neoenergia Pernambuco e o ICLEI - Governos Locais pela Sustentabilidade. 

Programa ampliado  

E o programa de energia solar vai ser ampliado. A prefeitura está desenvolvendo um projeto-piloto em 20 escolas municipais do Recife para instalar painéis fotovoltaicos nos locais de ensino. O anúncio foi feito pelo prefeito da cidade, João Campos, em novembro, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP-26. 

“Foi anunciada pelo prefeito a intenção de instalar energia fotovoltaica em todas as escolas municipais. Estamos desenvolvendo um projeto para 20 escolas, inicialmente, que pretendemos colocar em prática no próximo ano. E nesse projeto não será só a instalação da energia. Nós vamos trabalhar a questão da educação ambiental em sala de aula com os alunos”, acrescentou.

Em outro compromisso internacional, a prefeitura também criou o Programa Eco Recife, com o objetivo de neutralizar emissões de carbono em prédios da administração pública da cidade. Como medida imediata, foi proibida a compra de canudos, copos descartáveis e outros plásticos na sede da prefeitura. A ideia é replicar a mesma decisão para outros órgãos da cidade e incentivar a iniciativa privada a fazer a mesma coisa. 

Participação integrada  

“Todos esses instrumentos e documentos que desenvolvemos estão bastante recepcionados pela gestão inteira da prefeitura, eles estão permeados em todas as secretarias. Cada secretaria tem um papel e uma função e o prefeito trouxe isso para dentro da prefeitura. Discutimos as ações dentro de um grupo chamado GEClima [Grupo Executivo de Sustentabilidade e Mudanças Climáticas do Recife], em que todas as secretarias municipais participam, com realização de reuniões periódicas”, ressaltou o secretário Carlos Ribeiro.