À medida que os extremos climáticos se tornam mais frequentes e intensos, mulheres e meninas, que correm um risco maior do que homens e meninos de experimentar os efeitos devastadores da crise climática, incluindo a insegurança alimentar, precisam estar na frente e no centro ao planejar e implementar soluções de adaptação às mudanças climáticas, destacaram as três agências de alimentação das Nações Unidas no evento conjunto do Dia Internacional da Mulher nessa terça-feira (8).

Organizado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (WFP), o evento reconheceu a contribuição de mulheres e meninas ao redor do mundo que desempenham um papel crucial na adaptação e mitigação das mudanças climáticas. Também destacou a necessidade de uma participação significativa das mulheres nos processos de tomada de decisão relacionados à resiliência e à adaptação climática. 

A dependência desproporcional de mulheres e meninas a trabalhos sensíveis ao clima, como a agricultura, e seu acesso limitado a recursos econômicos e de produção, serviços e informações, aumenta sua suscetibilidade aos impactos devastadores de ciclones, enchentes e secas, que por sua vez afetam seus meios de subsistência e segurança alimentar. 

Globalmente, 80% das pessoas deslocadas devido a desastres relacionados ao clima são mulheres. Quando casas são destruídas por choques climáticos, como furacões, ciclones e terremotos, mulheres e meninas são forçadas a fugir para campos de refugiados, onde são frequentemente expostas à uma violência crescente. 

“Para ter um impacto significativo e duradouro, mulheres e meninas não podem ficar de fora – elas devem estar no centro das soluções e na mesa de para ajudar a desenvolver essas soluções”, disse Maria Helena Semedo, vice-diretora geral da FAO e presidente do Comitê Feminino da FAO, no encerramento do evento. 

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Fonte: site da ONU Brasil.